Benjamin Netanyahu. EFE/Arquivo/WILL OLIVER

“Estamos vendo o preço do antissemitismo”, diz Netanyahu após ataque em Washington

Jerusalém (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira que o mundo está testemunhando o “terrível preço do antissemitismo e da incitação selvagem contra o Estado de Israel”, após o assassinato a tiros de dois funcionários da embaixada israelense nos Estados Unidos.

“Estamos vendo o preço terrível do antissemitismo e da incitação selvagem contra o Estado de Israel. Os libelos de sangue contra Israel estão aumentando e devem ser combatidos até o fim”, afirmou o premiê em um comunicado divulgado por seu gabinete.

Netanyahu também anunciou que ordenou aumento da segurança nas representações israelenses no exterior.

O gabinete do primeiro-ministro relatou que a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, telefonou para o premiê para informá-lo sobre o andamento da investigação e ressaltou que seu país garantiria que o assassino fosse levado à Justiça.

“O primeiro-ministro agradeceu a ela e ao presidente (Donald) Trump por sua posição firme contra o fenômeno do antissemitismo”, destacou o gabinete de Netanyahu.

Um homem e uma mulher que trabalhavam na embaixada de Israel nos Estados Unidos foram baleados e mortos na quarta-feira à noite, do lado de fora do Museu Judaico em Washington, onde estava acontecendo um evento do Comitê Judaico Americano (AJC, na sigla em inglês).

Segundo a imprensa americana, um atirador gritou “Palestina Livre” ao ser preso do lado de fora do museu, e uma das vítimas foi inicialmente levada para um hospital local em estado crítico.

As autoridades indicaram que compartilharão mais informações conforme a investigação avançar, mas, por enquanto, o porta-voz da embaixada de Israel, Tal Naim Cohen, escreveu nas redes sociais que os dois funcionários da delegação israelense em Washington foram baleados à queima-roupa.

O presidente israelense Isaac Herzog classificou o ataque como “um ato desprezível de ódio e antissemitismo”, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, advertiu que representantes israelenses no exterior estão especialmente expostos a riscos. EFE