Nações Unidas (EFE).- O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou nesta terça-feira que ficou “chocado” com os bombardeios lançados por Israel contra a Faixa de Gaza e as mortes de civis resultantes, que, segundo as autoridades do enclave palestino, somam mais de 400 pessoas.
Em uma breve declaração escrita divulgada na manhã desta terça-feira, Guterres pediu veementemente respeito ao cessar-fogo, que o governo israelense de Benjamin Netanyahu havia declarado rompido algumas horas antes.
Além disso, Guterres exigiu a retomada da ajuda humanitária ao território palestino – que Israel interrompeu unilateralmente na semana ada – e que o Hamas liberte os reféns restantes que mantém em cativeiro.
Pelo menos 404 palestinos morreram até agora nesta terça-feira em consequência dos bombardeios, que começaram no início da madrugada, rompendo o cessar-fogo, segundo confirmou à Agência EFE Zaher al Waheidi, diretor da unidade do Ministério da Saúde do enclave responsável pela contagem de mortos.
Em uma declaração posterior, a pasta de Saúde de Gaza, que faz parte do governo controlado pelo grupo islâmico Hamas, acrescentou que os ataques deixaram 562 pessoas feridas até agora.
Esses números incluem apenas os mortos e feridos que chegaram aos hospitais e excluem as dezenas de vítimas que permanecem nos escombros ou que as ambulâncias ainda não conseguiram socorrer.
“A partir de agora, Israel agirá contra o Hamas com força militar cada vez maior”, afirmou o comunicado do gabinete de Netanyahu, detalhando que o “plano operacional” para retornar à guerra “foi apresentado no último final de semana pelo Exército e aprovado pela cúpula política”. EFE