Edmundo González Urrutia. EFE/Arquivo/Miguel Gutierrez

González Urrutia agradece aos EUA por reconhecerem a vontade eleitoral dos venezuelanos

Caracas (EFE).- O candidato presidencial da maior coalizão de oposição da Venezuela, Edmundo González Urrutia, agradeceu nesta sexta-feira aos Estados Unidos por reconhecerem a vontade dos venezuelanos, logo após o governo americano afirmar que o antichavista é o vencedor das eleições do último domingo.

“Agradecemos aos Estados Unidos por reconhecerem a vontade do povo venezuelano refletida na nossa vitória eleitoral e por apoiar o processo de restauração das normas democráticas na Venezuela”, escreveu o representante da Plataforma Unitária Democrática (PUD) na rede social X, ex-Twitter.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, emitiu ontem um comunicado no qual garante que Washington concluiu, com base em “evidências contundentes”, que González Urrutia foi o vencedor das eleições presidenciais de domingo na Venezuela.

“Dadas as provas esmagadoras, é claro para os Estados Unidos, e especialmente para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho”, disse Blinken em um comunicado.

Os Estados Unidos pediram às partes envolvidas na crise venezuelana que abordem um processo de transição que respeite o desejo do resultado eleitoral e afirmaram que apoiarão o “restabelecimento das normas democráticas” no país.

Em resposta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou aos Estados Unidos para que “tirem o nariz” do país, garantindo ao mesmo tempo que é o “povo soberano” que “define, escolhe, diz, quem decide”.

“O processo na Venezuela, legal, constitucional e institucionalmente, ainda está por concluir, e os Estados Unidos dizem hoje que possuem os registros e as provas”, acrescentou o presidente, que foi proclamado vencedor das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O órgão eleitoral declarou Maduro vencedor para um terceiro mandato consecutivo no poder por pouco mais de 704.114 votos contra Gonzalez Urrutia, quando restavam mais de dois milhões de votos a serem contabilizados que poderiam alterar os resultados finais.

Entretanto, o Carter Center, que participou como observador nas eleições, afirmou na terça-feira que o processo “não estava em conformidade” com os parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral, pelo que “não pode ser considerado uma eleição democrática”. EFE